“... estava subindo as
escadas, acompanhada junto daquela pessoa que tanto queria passar o resto do
meu tempo junto. É incrível como alguém se torna tão especial para nós em tão
pouco tempo, não é mesmo? Mesmo porque, fazia pouco tempo que eu o conhecia, questão
de um ou dois dias. Um ou dois dias inteirinhos que eu passei com ele, desde
manhã até a hora de dormir. Mas amor, a gente não escolhe, acontece.
Já estava tarde, era
madrugada, estava indo para o meu quarto, e ele como sempre, me acompanhava o
caminho inteiro. Estava nervosa, a cada degrau que subia, meu coração batia
mais forte. Tinha medo de cair, pra ser sincera estava tremendo, não de frio,
mas de felicidade. Não me perguntem por que, nem como aconteceu, só sei que eu
sentia algo por ele, algo que nem ao menos eu sei explicar. Eu gostava dele.
Gostaria de dizer tudo isso a ele, mas achei precipitado demais. “Você está
maluca, você mal o conhece”, sempre pensava. Mas enfim, ao caminho do meu
apartamento, fomos conversando, conversamos sobre tudo. Amigos, viagens,
escola, família, cidade. Estávamos beirando o penúltimo lance da escada, quando
de repente ele para de andar e falar e segura meu braço. Acredite, meu coração
estava mais acelerado do que carrinho de corrida e milhões de pensamentos se passavam
em minha cabeça nessa hora. Começo a observar ele, reparei em seu cabelo,
bagunçado, daquele jeito de menino mesmo. Observei a sua roupa, seu estilo. Vi
seu rosto, seu sorriso, suas expressões, e foi quando olhei para os seus olhos,
ele me beijou. Acho que era a primeira vez que podia comprovar aquela tal
expressão de que eu senti “borboletas em meu estômago”. Lógico, já havia tido
outros caras antes dele, alguns mais bonitos, outros mais chegados, mas assim
como ele, nunca. Era difícil de explicar, mas se eu pudesse, eu queria ter
aquele momento para a vida. Não podia descrever meus sentimentos e nenhuma
música podia dizer o que estava se passando. Mas fiquei ali, por um tempo,
naquele beijo, sentindo seu cheiro, e me fazendo uma garota feliz novamente.
Agora, ele não era só meu amigo, muito menos um mero conhecido, era algo mais,
que mesmo sem ele saber, ele já me pertencia. Ele já era meu. ...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário